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Espondiloartrite é uma doença autoimune?

A resposta é não, a espondiloartrite não é considerada uma doença autoimune porque o paciente diagnosticado não produzirá anticorpos para atacar o próprio organismo, como em outras doenças reumáticas. Porém, a espondiloartrite é uma doença inflamatória crônica e, após diagnosticada, precisa ser tratada de forma contínua.


Espondiloartritesse subdividem em tipos de doenças reumáticas que afetam a coluna (espondilo) e outras articulações da bacia e de membros inferiores. Além disso, há alguns anos o termo soronegativa era associado ao nome, o que significa que no diagnóstico

certos anticorpos não estarão presentes no exame de sangue. Tal termo não é mais usado nos dias de hoje.


O tipo mais característico desse conjunto de doenças é a espondilite anquilosante (EA), mas estão no grupo a artrite reativa, artrite psoriásica (APs), artrite relacionada a doenças inflamatórias intestinais como o Crohn e a retocolite ulcerativa e as espondiloartrites indiferenciadas.



O que é a espondiloartrite anquilosante?


A manifestação dos sintomas da espondilite anquilosante (EA) pode variar, mas os primeiros sinais costumam ser dor e rigidez na coluna lombar baixa e nas articulações sacroilíacas (região das nádegas), aparecendo com frequência por semanas ou meses, gradualmente. Às vezes, a dor e a rigidez podem ser severas.


Os relatos de pacientes diagnosticados indicam a dor inicialmente de um lado da nádega ou alternada entre um lado e outro. Há ainda o fator horário, sendo mais comum a dor e a rigidez pela manhã e durante a noite. Pode acometer outras áreas do corpo, como os ombros, as costelas, os quadris, joelhos e calcanhares.


Nos casos mais graves, a dor pode acordar o paciente durante o sono, provocando desconforto que melhora com o movimento. Com a evolução da doença e sem tratamento adequado, pode haver um prejuízo importante dos movimentos da coluna vertebral levando à fusão das superfícies articulares, um tipo de calcificação ou anquilose, deriva daí o nome da doença.


A espondilite anquilosante só afeta homens?



A espondilite costuma afetar mais homens de 20 a 40 anos de idade. O diagnóstico nem sempre é simples. A dor nas costas pode parecer um desconforto ou um transtorno pontual. Os sintomas podem ser parecidos com uma distensão muscular mais grave ou mesmo com uma hérnia de disco.


A incidência da espondilite anquilosante é de 9 a 30 casos por 10.000 indivíduos. Uma proporção dos pacientes apresenta uma inflamação ocular associada. A uveíte provoca olhos vermelhos, sensibilidade à luz e visão embaçada. Segundo a Sociedade Brasileira de Uveítes, as doenças reumáticas e a toxoplasmose são as causas mais comuns da inflamação.




Como melhorar a espondiloartrite anquilosante?


Esta é uma pergunta frequente dos pacientes. Mas não há uma resposta padrão porque a doença requer um tratamento individualizado, O fato é que a dor e a rigidez podem diminuir com um banho quente ou um exercício leve de alongamento. O paciente sente menos dor com a atividade física e mais, em repouso.


A inflamação sistêmica pode ser detectada em exames laboratoriais de rotina, que ajudam a distinguir espondiloartrites de outros tipos de artropatia, como osteoartrite ou artrose. O tratamento tem avançado bastante a partir de pesquisas científicas de ponta, mas cada paciente terá um encaminhamento individual..


A orientação envolve dosagens de anti-inflamatórios e exercícios em intensidades adequadas ao caso específico. Há casos em que os medicamentos imunobiológicos podem ser necessários de acordo com a avaliação e evolução do quadro. Esses atuam bloqueando a inflamação, desde que seja feito o uso contínuo.


As bases do tratamento das outras espondiloartrites são parecidas e variam a partir da evolução do quadro e do acompanhamento terapêutico, O médico reumatologista é o profissional mais adequado para acompanhar de perto o paciente e ajustar a medicação e a conduta do paciente na medida em que o quadro evolui.



Fontes consultadas para este texto:

dr. Claiton Brenol






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